SÚPLICA AOS CÉUSReedição/Ps/1921
Vasto, vasto... vasto céu! Abra a cortina do seu azul! Deixe cair estrelas douradas Na nossa terra tão maltratada! Nosso povo chora ausências, Nossas vidas estão sem vida, Nossas florestas incendiadas Morrendo lentas e sem guarida! Desgoverno, chave mestra, Propulsora dos dissabores Da Nação! Não há luz, não há água e, tampouco, pão! Só importa reeleição. Tristeza e fome assolam Nosso povo em solidão. Há quem fuja disso tudo! A maioria, fugir, pode não! “Desidérium” far-se-á sonho ? - À próxima geração! (?) Dentro de nós... somos nada... Ficção? Somos presentes e passados Sempre iguais, como ferida que não sara! Diferenças de verbo, quem somos E onde estamos? – Numa terra sem lei Leis para soberanos! Quero ir não sei para onde, pois, A terra que habito, calou o grito no infecundo cansaço! Vou para onde eu puder ser, Sem dúvida, onde ainda há ideais, Sem choro e desolação! Isso tudo, talvez faça-me esquecer A falsa luz que nesse tempo, Me guiou, e/ou seja, grande Soma de desilusões!
edidanesi
Enviado por edidanesi em 06/12/2023
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