A CIDADE
Há sempre um dia, uma ida sem retorno. Há o sono que varre a solidão instalada que varre as pedras desprendidas. Há alguém que canta em delírio e diz: Cante Comigo até ficarmos loucos para deitar as nossas cinzas nas trevas da ilusão. Há a onda que vai e vem se lança em constância sem degraus soturna e flébil na calada noite, aqui próximo. Há o mar, a voz das águas enexprimíveis ladeando areias existência pura de transformação. Há o fogo na veia ao delírio na noite fabulosa em chamas, em quimeras que passam e morrem amanhã. Eis a voz única da cidade que respira, respira o cheiro das marés num exílio de beleza e pulsa desde o amanhecer!
edidanesi
Enviado por edidanesi em 22/06/2022
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