AUSÊNCIA
(Sn/54) Tórnam-se os segundos, severa espera, Peregrina, por certo, à dura condenação. Instantes de tédio, sem liberdade imperam, Provo e sigo o negro caminho da sensação. Quem poderá sentir meu cansaço e inércia? A dor, vácuo em minha alma a dor de mim? Vasta visibilidade, mundo que cega e fenece? Sou minha ilusão, resquícios da imaginação! Choro a fuga abstrata em mistérios involuntários. Ser o que não sou, que pensa e sente-se nulo, Incógnito, transeunte, seguido pela sua sombra! Isolamento entre eu e o mundo estrada a seguir. Horas estranhas da falta de mim, entro em mim. Tentar enobrecer, sentir, sem que eu sinta o fim! edidanesi
Enviado por edidanesi em 03/07/2021
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