MINHAS ELEGIAS
(Ps/538) Gavetas mortas, sob o sol, Perscrutam desejos, Silêncios! Descerram sentimentos Torturantes, penetrando Lentamente, nas reentrâncias Mais intrínsecas da Minha real existência forte E flébil! Oh! Quanto amor dissipei E não te dei Por achar que tu não o Querias! Maldigo nesta hora Aquela fraqueza que Tange-me a vida! Quantas alegrias refreadas Por entender-te, abastado, Que suficiente eras! Quantas palavras, silenciadas Pela distância, que, entre nós Vedava sentimentos e desejos! Sinto fundo essa questão Afligindo-me o corpo, agora, Quando, outrora, tudo desperdicei! Saudade não resistira àquele Negro olhar frio e indiferente! Quero, agora, um suave respirar Por entre as rosas, como d' antes! Assentava-me horas a pensar Castelos, e seus lábios poder beijar! Fecha-se o ciclo, em êxtase, Em sonhos, em exaustão Ao Infinito! Reinício? edidanesi
Enviado por edidanesi em 14/05/2021
Alterado em 14/05/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |