![]() QUANDO A NOITE CHEGAR
(Ps/537) Neste universo dormem os mortos, Uma Morte estúpida, desassistida, De dar nos nervos e de fazer gritar Sem ouvir eco, bem lá no fundo. Um espaço... total... em metragem... De visível dor transversal, o tempo Repousa cego numa etapa macabra. Em cacos, a vida desce e se esvai Involuntária! A definitiva pressão na consciência Como ondas de sangue, esmiúça O cognoscível e o incógnito raso e Indiferente, do excesso, do insucesso, Das tramas. A dor se repete Em marcha fúnebre, inconsequente, Vertiginosamente, em sentimentos plenos e Mortos! Expressão da infelicidade num Outono fatal ou ainda, talvez, Mais à frente, um inverno fatal! Metafísica! Qual o abismo entra em nós, A morte, entra em nós e a vida! Quando a noite chegar, a consciência noturna da inconsciência, vela e Encara o vácuo, do minúsculo espaço Dos coffins, dos corpos, que dormirão Eternamente! edidanesi
Enviado por edidanesi em 03/05/2021
Alterado em 07/05/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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