![]() TEMPO OBSCURO
(Ps/523) Eu quero quase tudo, Não quero quase nada, Quero que o tempo passe! Não quero a morte! Não quero ouvir falar do moral! Falem da ciência, da história e da arte! Quero poder tirar a máscara que me protege! Sistemas falidos, incompletos, no completo abandono! Técnicos da linha frente, com sobrecarga desumana, sonolentos, Pálidos e tristes guardam verdades, sozinhos, paramentados, sufocados! Severa realidade, pandêmica, destrutível! Não abusemos dessa classe, cuidemos dela, ela sofre! O sol convida, pouco é o esmero em transgredi-lo. Técnica da mente que satisfaz o ímpeto sem vida Nos quadrantes quinzenais que se repetem e soterram! Não merecemos morrer! Para o inferno, O Insano, desse tempo prostrado, Convidado pela estação, na ignorância, para com a morte, De conclusões desatinadas e de vontades saciadas, Onde recolhimento, é loucura, é tédio e esperança, é fim! Nada O prende e o momento faz girar a máquina mortífera, Numa canção de saudade após a tragédia ter passado e, Sem horizontes, somos mais um, na sobra e na conta do acaso! Quanta beleza, aos olhos, o pensamento revela largo Minuto a minuto, as ondas vão e vem, confortavelmente! Nada é distante e o movimento é perfeito como o coração! Irrequietas, as vezes, se deixam beijar pelo azul do céu! Classe, incansável, da linha de frente, veem assim? Ou, o prognóstico é o abismo do silêncio eterno? Ciência com as forças humanas é a técnica, deste tempo! Resiliência, cansaço, olhos húmidos, gestos incansáveis, Permeiam e declinam no coração desses homens de fé! A lógica, fere e deságua ocupando espaços, a sete palmos, Entre muros gelados que soluçam pasmos, Inércia! edidanesi
Enviado por edidanesi em 06/12/2020
Alterado em 06/12/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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