TEMPOS
(Fr/Pns/470) Tempos ainda, de jornais impressos, de news tv, megaphones, de hackers ousados e disfarçados de garotos marotos, ferrenhos larápios cibernéticos; Blá, blá, blás de máscara mascarados, vivendo em seus bunkers abastados, impenetráveis à quaisquer externos malifícios, subtraindo do mortal, que já se foi e do próximo mortal estagnado e morto vivo, o pão, que perambula no seu quadrado e ou/numa zona morta qualquer da sociedade, anêmica, desesperançada e rota de sofrimento infinito, cujo coração meramente pulsa sem vontade, faminto de comida e de sede de água potável que não mais jorra das cascatas, reais, trucidadas inescrupulosamente pelo homem cego, que ora emerge ao seu próprio lodo sem restingas, sem uma réstea de luz, por suas ações inúteis de perdões, tardios. Vileza de uma era que ora reverbera e aponta largo à decepção, do labor árduo dos viventes ora carcomido, cuja gota de suor petrificou, marcou e na solidão dos dias, desse tempo, rega o solo infértil penetrando como antídoto, ineficiente, à uma era ignóbil, à minoria.
Tempos de epidemias mortíferas, de orgias no submundo largo, desmesuradas e incautas de sentimentos e de razões, de diferenças sociais explícitas e gritantes nas calçadas do tempo e da vida, por desgoverno e por desamor. edidanesi
Enviado por edidanesi em 15/07/2020
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