CONTUDO, CONTUDO, NESSE OUTONO ...
(Ps/498) De esperança, ainda, o coração vive Do que sonhei de mim, nas primaveras! A história quieta, dura e testemunha, No degrau do outono, dialoga e acende! Tanto quis e assim tive, há muito, Na intimidade de mim, de nós dois, E para com o meu eu! O futuro longínquo, ainda... eu pensava... Ridículo, parecia nunca ter fim! Os momentos, a metafísica, acordavam e, Em ideias e sentir diversos, fatigavam-me! Algo se perdia naqueles momentos, "Onde o amor era pleno" E absolutos, ora fantasmas mortos! Oh! Humanidade, quanta carência! O mundo se recolheu, porém, a rosa Floresce nos jardins. A chuva cai, naturalmente, veja! A vida, a minha vida, agora recordo, É desigual, nesse outono, quando Das primaveras, sonhadas! Contudo, contudo...Nesse Outono, Consciente, Das gavetas tiro, lembranças amareladas, Intervalos, esquecimentos da vida, Varridos e lacrados! E, pergunto-me, se ainda há esperança Em mim, depois disso? Súbita, uma angústia Toma-me, e à alma e ao cérebro, a desesperança! Porém, não posso renunciar e eu ainda existo, Aqui! A porta está aberta e a brisa posso sentir E tenho sede! Quero me embriagar e me fartar Dessa água, cristalina, em liberdade, Ainda, com meus sonhos! O meu amor não pode esperar! edidanesi
Enviado por edidanesi em 26/03/2020
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