O MUNDO
ADORMECE E SE ESQUECE (Pr/Poét/28) Adormece na sepultura, em torno do inferno, que queima largo e intimida conquistas, ao desparaizo. Adormece em todas as capitais sem ver coisas de esplendor envolto a dúvidas fatais, desde o amanhecer ao sol se pôr. Tanto torpor! Ódio e amor símbolos das mentes sem encantos onde fantasmas habitam louros. Adormece em espasmos e nem sente a falta de uma luz tépida que renove seu olhar lânguido ao altar das ilusões, sem provisões e sem sanções do desperdício voluntário, “in memoriam”, que prende os fracos e rejubila os fortes. Falsas ideias de vida, ainda mais inverídicas e torpes, acumulam quintais de vicissitudes e esoterismo, aprumando covas e nichos para um dissabor dissociado no crescente labirinto das emoções e quantas interjeições projetadas ao fim de cada respiro e parada, sem ponto. Sem consenso, reverbera a inquietação e o perjúrio diante do mundo sob as estrelas fundindo-se ao temporal que surge em plena tarde sobre o mar azul que se funde no gris, tão logo a tormenta ruge e se faz notar deixando a Bandeira Brasileira, ainda mais bela, levemente desfraldada diante do fundo, inda mais gris, do céu e da tormenta que se aproxima. Apocalipse momentâneo, na mente presente, diante de Deus. Quietude e calmaria diante do rasgar do som da aeronave que sobe sem se ver. Apenas um som que desaparece diante dos riscos dos raios próximos do Dedo de Deus, que tudo sabe, presume-se. Escuro e sons diversos se complementam: "Hora da imaginação se livrar dos estertores maléficos da existência." edidanesi
Enviado por edidanesi em 17/02/2020
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