HORA BUCÓLICA
(Reedição) Néscio seria, não querer ir a fundo para não sentir a palidez da hora que faz o poeta entristecer! Não sentir essa dor intrigante que mais parece uma esfinge, transpassando o coração e a sangrar aos olhos, feito lança, diante das lembranças que calham feito mármore frio junto a dor indefinida, ao por do sol! Ocaso, da hora, dormente deixa aflitivo o poeta em melancolias, que expiram junto o lilás-ocre, do horizonte! Abre os braços à solidão, percebe o sonho esvaindo, as flores murchando suas cores e a pressa, não mais o apressa. (Intensa hora) Divina hora triste do poeta em sua sala muda, onde o abajur em tom de carne encandece pensamentos vagos, executa suas ideias na penumbra tênue, escreve sem parar e relata desejos aflorados da consciência e coração! (Pressão!) Hora improfícua, Arde e jaze ao nada! (Constatação!) edidanesi
Enviado por edidanesi em 10/01/2020
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