NADA REGISTRADO
(Ps/481) Nada no papel! Na paisagem que se alonga na tarde, Da cortina que balança na janela, Do perfume que os jardins exalam, Na encosta da serra que finge resistir! O córrego, ainda, canta nas pedras e as flores Deitam-se para beijar suas águas Como um beija-flor suga o seu néctar! No tempo que se faz eternidade Nas caladas das noites, E em todas as manhãs, o processo da vida e dos anos que vão se apagando, A roda d'água, certamente, continua a girar E o tempo a rodar seu incansável existir! O tempo das roseiras em flor, Rosas rosas, amarelas, vermelhas e Tantas outras que a mente se reserva, guarda em tons de arco-íris, abertas estarão ou em botões tenros com uma cálida gota de orvalho que chora em perfume nas manhãs, Recorda manso e alegre o despertar Dos dias, em névoa fria, como um flutuar de sonho em meio a brancas nuvens! Lembranças, sem registros, que camuflam Realidades, verossímeis, de um existir completo Num tempo de primaveras, verões, outonos e invernos nas cachoeiras despencadas pelo destino Às fronteiras do atual exisitir! Sem registro e tudo registrado nos intercontinentais espaços mentais fazem Crescer a chama incandescente, dos momentos Nítidos, de um viver tão próximo e longínquo Na temporada de um puro e tranquilo viver e existir! edidanesi
Enviado por edidanesi em 22/07/2019
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