COMPLEXIDADE
(Pr/Poét/25) Há quem não sinta e/ou nem olhe à manhã que o sol ilumina. Sentimentos agora, comedidos, após uma noite insone. De olhos abertos, o momento, é outro e frio. Coisas imediatas e em transição. Estação outonal! Tudo é verdadeiro e ao mesmo tempo é sombra quase natural que pisa e deita na calçada, nas soleiras das portas, no cais do porto, na linha do trem e nas avenidas centrais da cidade. Praça XV junto ao velho mar, povo a gritar intensificando mistérios em espaços abafados em euforia e dor d' alma, como um moribundo evocando uma rouca canção para seus olhos não cerrarem, relembrando da tortura fútil dos seus dias de glória. Abrangente alarido vem à tona, dos canais do porto, húmidos e fétidos, desconstruindo sonhos ora desfeitos. Uma gaivota passa e as lágrimas lavam a vida sem sentido. Sinistro momento que se revela na exatidão da hora que reverbera. Não é preciso secar, pois a secura tola, de um tempo, que parecia nunca morrer, agora, tem sede. O sol queima e a água é escassa, evapora. V'ambora que a hora não mais vigora. edidanesi
Enviado por edidanesi em 30/04/2019
Alterado em 30/04/2019 Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |