HORA BUCÓLICA
(Ps/456) Néscio seria não querer ir fundo para não sentir a palidez da hora que faz o poeta entristecer. Não sentir essa dor intrigante que mais parece uma esfinge transpassando o coração e a sangrar aos olhos, feito lança, diante das lembranças que calham feito mármore frio junto a dor indefinida, ao por do sol! Ocaso, da hora, dormente deixa aflitivo o poeta em melancolias, que expiram junto o lilás-ocre, do horizonte. Abre os braços à solidão percebe o sonho esvaindo as flores murchando suas cores e a pressa não mais o apressa. (Intensa hora) Divina hora triste do poeta em sua sala muda onde o abatjour em tom de carne encandece pensamentos vagos, executa suas ideias na penumbra tênue, escreve sem parar e relata desejos aflorados da consciência. (Pressão!) Hora improfícua, Arde e jaze ao nada! (Constatação!) edidanesi
Enviado por edidanesi em 27/11/2018
Alterado em 27/11/2018 Copyright © 2018. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |