TEMPO
(Ps/437) Traga-me as tardes perfumadas, Num abraço do seu viver! A lógica absteve-me de inspirar e No seu peito quero sonhar! A saudade circula pelas veias em Densas vontades azuis pelo céu! Hoje, absorta de mim, perambulo só, No caminho gris da solidão! Real é a vida como a morte Mesmo sem querer caminho E o sol passa sem disfarce E ao meu alcance, toda a baía! No banco verde da varanda sento Sinto o coração se acalmar Horizonte longe parece findo Na minha febre... um piano, Música no ar! O destino, o silêncio e o tempo Marcam tudo e fica o sentido Afloram, esmaecem a cor das flores e, Para que sonhar se depois volta a escurecer? Vida breve na inércia do tempo Vontades visíveis e sensíveis circulam Pairam no âmago do sentimento, calam Soar da música, de um piano, no ar! Qual sentido? Tempo e sonho, Apagar da luzes, Enfadonho tempo, Tempo breve... Vácuo profundo! edidanesi
Enviado por edidanesi em 13/08/2018
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