UMA ILHA
(Ps/422) Devo respirar cada vez mais fundo Diante do cenário da loucura, entalhada, encrustada com sangue, mortalha calha em qualquer lugar. A hipocrisia funde e ferve no caldeirão feito lama de vulcão, jorra pelas praças e ruas ao abismo morada junto das negras flores. Colho suor fétido da absurda visão, Indefinível definida, da ilimitada dizimação de corpos em imerso fel na angústia da ausência e saudade. Assassinos! Qual dor, nunca sentirão da multidão, que agoniza, esse terror no paredão do cotidiano ao precipício, ao labirinto negro, ao soterramento. Ilha sem mar, ilha sitiada de podridão Até quando o furor do aço vai ao encalço do sofrimento à morte? Deus! Faça descer a luz e suste a morte! edidanesi
Enviado por edidanesi em 28/02/2018
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