DURAS HORAS
(Ps/375) Haverá libertação No cárcere da nossa casa Esse medo que assola cada segundo, Fora de compasso do existir? Ignorar para viver, Fechar os olhos para o abismo. Abstratos somos nesse inferno, Consciência do sentir, em mistério! Fatalidade não às portas da noite, No raiar do dia o silêncio grita na ruela. Mundo que rui, mundo que explode, Horror súbito de rastros e sequelas! O relógio marca e o enterro passa. Conclusão do ilógico diante da vida! Caem as máscaras, indefinida infelicidade. Descalabro do ócio em direção as estrelas! O instante espia a saudade futura Da realidade, do incerto e do certo. Sofre o mortal o negro instante, À tumba, na busca do nada, Lágrima velada! Essência do nada o instante mostra. Respirar e expirar é o que conta. Horas vadias esparjam e isolam à margem. Apenas, sombra e fuga, Somos de nós mesmos! Memórias não existiram ao florescer... Da morte premente, do vício e do mal! Afrontamentos por contingências insanas, Sentido da vida, corte brutal, Nenhum sentido faz! “O pleno é tudo, O pleno é nada.” RIO DE JANEIRO, 28 DE JULHO DE 2017. edidanesi
Enviado por edidanesi em 29/07/2017
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