NAQUELE DIA Poemas (Ocultos) de Uma Era Luzidia (POEL/03) De negro se vestia. A mão, trêmula, uma rosa colhia. Era dia claro e sem amparo Para algum lugar, iria. Decrépita, caminhava lento, Contraía o espinho, a rosa em seu peito. Sangrava a pele perfurava-se por dentro, Naquele louco tormento em desalento. Lancinante mundo, lancinante vida! Implorava, de mansinho "Não toque nesta ferida." Aquele negro véu, disfarce do suplício, Confundia o belo, sentenciava a vida. Purgação, custódia permanente, Em sua frente, latente, na lápide fria A rosa vermelha, se feria Junto às lágrimas, Naquele Dia, Factível, Num dia, na vida, Sofrível. edidanesi
Enviado por edidanesi em 12/11/2015
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