GRILHÕES DAS IDEIAS (Ps/277) Na cabeça, lúdicos sonhos, que ora não ostento, dormem! Pela Baia de Guanabara, na travessia, os navios se vão! Uma tristeza entranhada persiste à delicada missão, Que outrora a cantarolar partiam com satisfação. A chuva cai e sua cantiga traz memórias douradas. O casco da embarcação se refresca com o tempo. No coração, uma força leal que opera, impera e Aos oceanos, transcende na esperança fugaz que se ressente. Norteiam os pensamentos ilusórios do rincão castrado. Servidão de belos mares e paisagens como outras não há, Serram seus dentes e maquiam a visão, os altares na Secura de Deus, cérebros indolentes quebram pudores. Vozes tentam se reerguer e ardem em seus clamores e Por dentro a verticalidade, a névoa, o ruído sombrio da alma. O vento sopra e embarca no sonho dos homens, A iluminar a era íngreme na travessia sem rojões. Desejos e vontades, primazia do combatente sem guerra De fome de luz, de verdade, que no muro se esconde, Bordeja ideias em seus grilhões na esfera sem sol, Tolhe as ruas a mudez da submissão que sem ação No asfalto quente, grita o sonho e ideias, que brotam unicamente do coração! edidanesi
Enviado por edidanesi em 11/02/2015
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