PRANTO DOS MALDITOS
(Ps/203) Repressão no sanatório dos indefesos Apodrecendo em barracão podre, inútil De uma falsa sociedade de ideologias piegas, No agito da ociosidade rasgando o corpo, Que fede a urina à um ranger de chaves. Eternidade no inferno, grita o velho louco viciado, Na prisão dos malditos confinados, dopados, Sedação em massa, devassa e que caça... Eletrochoques...troço que queima chifres E eu não sou louco e choro meu amargo desgosto. Ninguém mais é dono de si da sua razão! Tabu, ignorância, autdoors , extravagância... Íntimo devastado pela síndrome da over, Martírio prolongado às paredes reclusas, em Gritos e grunhidos pelos corredores escuros. Sequer alguma luz esmiuçada e ou difusa, Para algum enredo, na tediosa ociosidade confusa. Sentimentos indefinidos, secos e cerebelos contidos. Saudade comprimida, comprimidos, síndromes constantes, sem oblações. Canto e prantos malditos, cérebros retirantes, Reclusos em cimento, folhas secas sem vontades, Indefesos com mentes no abandono completo e indireto...choram lamentos surdos. Quanto horror causa ao ser humano a Confusa guerra a anestesia geral, esse bloqueio mental. Um maldito sã, sonhou sonhos interrompidos e de oração vazio, amedrontado, volta seca ao ninho ressequido, que já nada tem sentido, apenas retorna Sem grito nem gemido, indefinido, entristecido e Apodrecido. edidanesi
Enviado por edidanesi em 28/01/2013
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