TARDES
(Ps/184) Viajo nas bandas do tempo onde Intensa vida perpetuava momentos Imaginar sequer, poderei ainda viver O espelho de Deus daquele céu! Em sonhos de algodão e natureza Sob a sombra de laranjeira em flores Movimentos raros equilibrados Pensamentos ultrapassando os instantes Embevecidos de pura grandeza inexplicável! O rancho de palha de chão batido Chaleira fervilhando nas pedras Ao som do córrego cristalino O amor fazia sentido Na imensidão do verde, da flor, do milharal, Do labor árduo e presente Terras do Boqueirão de vô Leonardo Da Sicília distante, saudade presente! O olhar direcionado ao tronco seco de cedro, Alto, feito torre, centenário como seu senhor Hora marcada inteligente, da ave de rapina Vigia e marca com seu olhar fulminante, Sua caça, seu sustento marcando o tempo A águia no tronco de cedro, imponente. Aspiro a brisa no farfalhar da floresta Que nem noto e penso ser a sesta, mas, Posso ouvir o repicar longínquo do sino Hora do Ângelus, hora do mistério... Do mundo, da vida e do meu momento, O retorno para casa, à uma Santa Ceia, em família! edidanesi
Enviado por edidanesi em 28/11/2012
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