MINHA SOLIDÃO
(Ps/177) Arde a sabedoria que o coração suspira. Dragões flamejam da boca a chama ardente e o mundo tórrido gargalha de temor. No meu silêncio à minha volta, confusa, retiro-me. Procuro prudência e adormeço assombrada. Sucumbo instantes para chegar ao almejado. Ergo-me! Os pensamentos dirigem meu poder e força. Tento afastar-me de tudo, antes da madrugada. A montanha terei de escalar e o destino me aguarda ao caminho para a grandeza do espírito, purificar. As planícies perscrutam um tempo longo demais e quero o meu caminho solitário ao cume, com pedras a rolar, onde garimpo o perigo, ao encontro do meu refúgio e vida. Na profundidade o monstro padece o inalcançável e no seu inferno jamais triunfará e lá, perecerá. E eu mergulho na minha última solidão! Testemunho de mim para comigo com melancolia, diante da maior escalada noturna e fria e uma canção do rangido da pedra que resvala sob os meus pés me faz pensar que terei à frente a mais longa descida, mas com a mente lapidada e com minha coragem, vencerei a fraqueza e a solidão! edidanesi
Enviado por edidanesi em 15/11/2012
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