HOJE EU VI
(Ps/173) A decadência em metros quadrados, O tempo corroer a estagnação, A brecha no tampo e no tempo! As estátuas cansadas envelhecidas, O restauro mal acabado, Letras faltantes, números sequenciados, Corredores mais largos, outros atravancados. Sacos de lixo com caliça e folhas de coqueiros. Pessoas cerceando sem saber onde, Homens sentados e uniformizados de etnias diversas, Visão panorâmica disforme de gritos sem dor, O turista gringo com cavalete e máquina Perguntando por Tom Jobim! Vi Cazuza no castelo em granito rosa. Olhei em volta, a favela um pouco acima Do mausoléu, de mármore de Carrara. O sol ofuscou meu olhar o suor escorreu! Tentei rezar, mas não pude. Continuei a andar... O enorme portão de ferro inda longe à chegar. Apressei o passo, suor frio e ansiedade Hoje adentrei ao espaço vi e senti A solidão do Paço, Para a vida eterna. edidanesi
Enviado por edidanesi em 08/11/2012
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