ETERNA BUSCA
(Ps/172) Num resto de sombra a morrer Sonho violeta nos prados a cair Suavemente o coração pulsa O pensamento sustenta o porvir O incerto pelo certo deixar vir Com sabor de outono, folha a cair. Vago olhar pela imensidão do céu Meu momento real de alma insaciável Ouço a voz do vento, sinto-me inferior Gesto de olhar pra dentro de mim Pressentir que ainda não é meu fim e Abasteço-me do meu ser, Urgência de viver. Sonhar é tudo o querer é pretensão Máscara de mim invisível cobre o véu Esperança sem mágoas enaltece e cresce Embora em caminho vil à Deus faço uma prece Rezo e a morte é taciturna e lhe tenho medo A vida não é uma canção e eu ainda quero viver. Ouço a voz da paz no silêncio do campo A minha ouço, baixo, para saber o que realmente sinto Consciente de mim no meu silêncio e só, Um velho mundo, de mim, pretendo isolar Erguer-me-ei como arqueiro, posição em flecha Alvo certeiro rumo derradeiro à estrela, sem pressa. edidanesi
Enviado por edidanesi em 06/11/2012
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