DESEJO ...
(Ps/135) Nada saber. Indesejáveis horas de tristura pura e sangramentos tantos esvaziando o coração. Quero sim liberdade clara, um mundo racional, imperfeito na forma, digno no espírito. Desejo nada saber! Quero sim, a fome abortada, o vazio abastecido pelas mãos dos poderosos e fartos, insatisfeitos, com feitos de rara beleza na grandeza do gesto, manifesto, da decência igualitária sepultada há tempos, lacrada, participação das massas. Quero sim, muitas cores, não apenas, as do arco-íris, mas as da alegria da felicidade do meu dia-a-dia. Quero sim o meu ontem, de lucidez plena para a conjugação exata da vida. Não desejo tédio e solidão, percussão infinita em meu cerebelo. Desejo todos os instantes de pura magnificência travestidos e translúcidos de paixão e amor, sem dor, imantados, de encantamento dos momentos pactuados, celebrados e cumplicidade extremada, sentindo os meus pés pisar ao chão! Desejo com veemência, apenas, viver! Fim da estrada! edidanesi
Enviado por edidanesi em 05/08/2012
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