O GOSTO DOCE DO AMARGO (II)
(Ps/170) Caminho lentamente, Por ruas quais nem sei. Absorta minha mente Vê, nada sente! Pessoas passam e pensam. Gritos sufocados pela dor Emanada dos seus ventres, Caladas olham, passam! É a multidão, é o coração. Tufão de corpos em movimento Clamam por calma, por amor. Tudo vê e pressente, sente-se Desertora e destemida! Fogem do abismo ao deserto, Dualidades infames, por certo Na inconstância desmedida, Num mundo fétido e incerto! A passante bela, nega a tristeza De fronte lívida, feito seda, Some na multidão e Se sente ilesa, Exceto, seu coração, De caprichos soturnos, Instantes vazios! Reveste seu corpo, Do doce amargo provado e Dentre a multidão, chorou! Grita o louco, infâmias a Satanás. Estende a mão, o maltrapilho. Sons, olhares Burlam o ingênuo na calçada, É o tudo e o nada. É a multidão! É a multidão! Conspiração, Sedução, Ideologias, Fantasias, Elegias, Orgias! Becos putrefatos, dee ratos humanos Rasgam a vida nos desenganos, E bebem o seu sangue misturado a terra, Sorvete de lodo! Urge a indignação do sentimento de um poeta Que nunca pensou nesta situação e/ ou, Na multidão! Dandi por destino, Perfaço o caminho, noto Vidas belas, vidas vazias, Vinhos nas tabernas e Lodo nos becos, Sangrando sentimentos! A mente pressente Calamidade! – PGI Insanidade! edidanesi
Enviado por edidanesi em 12/05/2012
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