Meu recanto, meu canto

"A IMAGINAÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE O CONHECIMENTO" (ALBERT  EINSTEIN)

Textos

O GOSTO DOCE DO AMARGO (II)
(Ps/170)


Caminho lentamente,
Por ruas quais nem sei.
Absorta minha mente
Vê, nada sente!
Pessoas passam e pensam.
Gritos sufocados pela dor
Emanada dos seus ventres,
Caladas olham, passam!

É a multidão, é o coração.
Tufão de corpos em movimento
Clamam por calma, por amor.
Tudo vê e pressente, sente-se
Desertora e destemida!
Fogem do abismo ao deserto,
Dualidades infames, por certo
Na inconstância desmedida,
Num mundo fétido e incerto!
A passante bela, nega a tristeza
De fronte lívida, feito seda,
Some na multidão e
Se sente ilesa,
Exceto, seu coração,
De caprichos soturnos,
Instantes vazios!
Reveste seu corpo,
Do doce amargo provado e
Dentre a multidão, chorou!
Grita o louco, infâmias a Satanás.
Estende a mão, o maltrapilho.
Sons, olhares
Burlam o ingênuo na calçada,
É o tudo e o nada.
É a multidão!

É a multidão!
Conspiração,
Sedução,
Ideologias,
Fantasias,
Elegias,
Orgias!

Becos putrefatos, dee ratos humanos
Rasgam a vida nos desenganos,
E bebem o seu sangue misturado a terra,
Sorvete de lodo!
Urge a indignação do sentimento de um poeta
Que nunca pensou nesta situação e/ ou,
Na multidão!
Dandi por destino,
Perfaço o caminho, noto
Vidas belas, vidas vazias,
Vinhos nas tabernas e
Lodo nos becos,
Sangrando sentimentos!
A mente pressente 
Calamidade! – PGI
Insanidade!
edidanesi
Enviado por edidanesi em 12/05/2012
Alterado em 27/08/2018
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