A DOR QUE NINGUÉM VÊ
(OR/04) Suplico Senhor Neste domingo, Afaste a dor de mim! Ao menos um pouco que seja Ontem, tão intensa. Depois de tanta tribulação Não rejeito a sabedoria, Existe recompensa Ou, somente indiferença? Pus os meus pés nos meus grilhões E o meu pescoço nas minhas cadeias Tentei aproximar-me com o meu coração E guardei os caminhos com todas as minhas forças E você não se manifestou Senhor. E eu não encontro um descanso Lamentos são tantos, E tento ouvir E não sou sábio. O meu tempo de vida É curto e cheio de tédio Minha respiração é apenas uma fumaça E a razão, uma faísca, Que faz bater o meu coração. Tento ser justo, e não consigo. Sou ímpio e me sinto indigno, Perante o Senhor, Senhor! Erga-me ao teu olhar! Quero morrer mais depressa Já não tenho esperanças A geração é formosa e quer ser casta Quer triunfar e ser coroada, Clã! E eu Senhor, estou cansado e flébil. A inconstância, dos meus dias, Arrebata a minha vida, Reflete no meu coração convexo, E o põe perplexo, E transtorna o meu espírito inocente! Quem sente e quem vê a minha dor Senhor? Minha pouca alegria é dissipada pela tempestade A justiça se faz couraça contra a insensatez E a prudência se reforça nas ínfimas coisas Que vivo que possuo que choro, que sorrio! Reservo-me nos meus pensamentos dignos e Com o início, o fim e o meio do meu tempo, Do curso dos solstícios e Das vicissitudes das estações E as disposições de miríades de estrelas. Peço licença de poder falar o que sinto Pelo dom que recebi e me corrige Conceda-me a pureza e a sabedoria, Um pouco que seja, apenas, Não deixa que eu fraqueje. Quero ser um pouco sol Um pouco noite e lhe peço: Não deixe que me açoitem Pelo menos, hoje, Senhor, Amém! edidanesi
Enviado por edidanesi em 14/04/2012
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